Eu não sei pedir muito. Aliás, nem sei mesmo como fazer as perguntas certas. Talvez me seja impossível. Pedir foi sempre nervoso. Um sacrifício inevitável. Nunca descansei ao desmaiar lucidamente e proferir aquelas palavras. E o chão nunca acolheu meus irremediáveis, blues e mordidas. Mas nem isso eu peço. Pedir é uma questão de tempo. Um improviso. Aquele olhar incorrigível, egoísta. O surpreender emocionado. Coleciono pequenas lamentações, em goles. Pedir é humilde, bem como depender. Mas não pronuncio. Vivo subitamente, como a água correndo. Tão vermelha e afirmativa.
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