segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Walk on the blues side.


Sou eu quem toco
o blues
que ela dança,
se lança,
perfeita,
entre outras pernas,
outras bocas.

Toco notas cruas,
ela nua
no espaço entre
o solo lento.
Gemido.
Baixinho,
no ouvido.

Sou blues pensado
no seu seio,
com o bico me olhando
duro, rijo. Ela
me ouve, de graça,
entre um cigarro
e outro. Meu ciúme
consumido.

Numa nota mais
aguda, a fagulha.
Ela me acerta
na nota mais alta.

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