quarta-feira, 19 de setembro de 2012

São Paulo IV - 19.09.2012

Nós temos que manter esse dia vivo, tão vivo quanto foi o encontro na estação do metrô. Tão vivo quanto cada letra grafada nos papéis, quanto os chocolates, os passos, as palavras, os perfumes. Voltando pra casa, me surpreendi derramando lágrimas sobre a foto. Algo tão doce, tão forte, tão intenso. Poucas palavras, muitas histórias. Dois ébrios de um afeto finalmente reconhecido. Presença e entrega imediatas. Os labirintos insondáveis dos afetos, perpassados por um olhar sincero, seguro. Nestes labirintos, nunca nos perderemos. Irremediavelmente (odiamos remédios!) atados um ao outro. Trouxe comigo a chuva, tão pedida. As impossibilidades, ou qualquer outra coisa que atropele um caminho, são nosso ponto de partida. Nenhuma câmera, nenhum espelho, nenhum refletor: o melhor lugar habitado por mim é nas retinas daquele par de olhos verdes.

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