sexta-feira, 21 de setembro de 2012

São Paulo VI - Próxima Estação.

Tenho a impressão de conhecer mais as estações de metrô subterrâneas do que a cidade acima de mim. Duas brigas no metrô, empurrões de corpos obtusos. Emerge em mim: sou uma pergunta ou uma resposta? O trem vai parando, estação por estação, pingando gente em cada uma delas. As gotas humanas logo dão lugar à gotas do céu: choveu de novo quando me vi nos olhos verdes. Apesar do aspecto irreal de uma cidade sem espaço dada a contaminação humana, São Paulo é uma cidade realizável. Tem lugar e público pra tudo. A senhorita dos olhos verdes me realizou, me devolveu sonhos, trouxe esperanças, amor e lugares que jamais encontrei. 'O pintor que escrevia' - PS: eu te amo! O perfume na pelúcia atiçou meus afetos, já bem escancarados diante da cidade. Diante dela. Não me respondi, talvez nunca me responda. Ainda chove na cidade, algumas gotas. Chorei quando me despedi dos olhos verdes. Escrevo chorando de felicidade, com um perfume leve pelo ar..

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.